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BOMBA! Olha só o que Trump fez com Brasil, após ameaças ele decidiu at… Ver mais

Trump volta a impor tarifas sobre importados e impacta Brasil, México e Canadá

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou nesta segunda-feira (10) uma nova política tarifária que impõe taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país a partir de 4 de março.

A decisão, anunciada em entrevista no domingo (9), cumpre uma das principais promessas de sua campanha: proteger a indústria americana da concorrência estrangeira.

 

A medida deve impactar diretamente países como Brasil, México e Canadá, grandes exportadores desses insumos para os Estados Unidos.

 

“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, declarou Trump ao assinar o decreto.

Tarifas sem exceções

O presidente foi enfático ao afirmar que não haverá exceções para nenhum país.

“Nossas tarifas sobre aço e alumínio são de 25%, sem exceções. Isso vale para todos os países, não importa de onde venha”, ressaltou.

 

Entretanto, Trump sugeriu que empresas interessadas em evitar as tarifas podem estabelecer fábricas dentro do território americano. “As companhias têm a opção de trazer a produção para os Estados Unidos e, nesse caso, não precisarão pagar tarifas”, explicou.

 

Expansão das tarifas à vista

Além da taxação do aço e do alumínio, Trump adiantou que nos próximos dias anunciará tarifas recíprocas sobre outros produtos importados, como carros, chips semicondutores e medicamentos. Segundo ele, a intenção é reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos e incentivar a reindustrialização do país.

 

“Vamos trazer de volta as indústrias, e vamos trazer de volta nossos empregos”, declarou o republicano.

Impacto no mercado global

Atualmente, cerca de 25% do aço utilizado nos Estados Unidos é importado, de acordo com o Departamento de Comércio do país. O alumínio segue tendência semelhante, com quase metade de seu consumo vindo do exterior, principalmente do Canadá.

 

Para o Brasil, as novas tarifas representam um grande desafio, uma vez que o país é um dos principais fornecedores de aço para os Estados Unidos. Dados do Departamento de Comércio dos EUA mostram que, em 2024, o Brasil foi o segundo maior exportador de aço para os americanos, ficando atrás apenas do Canadá.

Já em 2023, 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço tiveram como destino os EUA.

 

Repetindo a história

Esta não é a primeira vez que Trump aplica medidas protecionistas ao setor siderúrgico. Durante seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, ele impôs tarifas e cotas para importação de aço e alumínio, alegando ameaça à segurança nacional.

A decisão gerou tensões diplomáticas, mas posteriormente foi revertida sob o governo de Joe Biden.

Relembre as principais ações da administração Trump nesse setor:

Em março de 2018, os EUA implementaram tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio importado.

Canadá e México foram inicialmente isentos, e outros países puderam solicitar inclusão na lista de exceção.

 

O Brasil conseguiu um regime de cotas que limitava suas exportações aos EUA a uma média dos anos anteriores.

Em agosto de 2018, regras foram flexibilizadas, permitindo compras americanas de aço brasileiro em casos de escassez interna.

Em dezembro de 2019, Trump ameaçou reinstaurar as tarifas sobre o aço brasileiro, mas recuou após conversas com o então presidente Jair Bolsonaro.

 

Em agosto de 2020, a cota de exportação do Brasil foi reduzida em 80%.

Em outubro de 2020, as tarifas sobre chapas de alumínio brasileiras subiram de 15% para 145%, devido a acusações de concorrência desleal.

Em 2022, já sob o governo Biden, os EUA revogaram as restrições remanescentes da era Trump.

  • Com o retorno das tarifas, especialistas temem impactos diretos na economia dos países afetados, sobretudo no Brasil, que pode perder competitividade no setor siderúrgico. Resta saber se a medida será mantida no longo prazo ou se haverá negociação para novos acordos comerciais.
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