Caso Tati Machado: esta é a orientação mais importante para gestantes após o… Ver mais

A dor que ecoa: Tati Machado perde seu primeiro filho na 33ª semana de gestação
A apresentadora e comunicadora Tati Machado, 33 anos, viveu um dos momentos mais difíceis da vida ao perder seu primeiro filho, Rael, na 33ª semana de gestação. A notícia foi confirmada por sua equipe na última terça-feira, 13 de maio, e comoveu o país. Com uma carreira marcada por alegria e empatia, Tati agora atravessa um luto que atinge profundamente não apenas ela, mas milhares de mulheres que já enfrentaram perdas semelhantes — muitas vezes, em silêncio.
Quando o silêncio do ventre grita: o sinal que mudou tudo
Segundo o comunicado oficial, Tati percebeu a ausência de movimentos do bebê — um alerta que a fez procurar atendimento médico imediatamente. Até então, a gravidez transcorria normalmente, sem qualquer sinal de complicações. No hospital, o diagnóstico foi devastador: o pequeno Rael não apresentava mais batimentos cardíacos. A causa da morte ainda está sendo investigada, mas o caso reacende um alerta importante sobre a necessidade de escutar os sinais do corpo — mesmo em gestações aparentemente saudáveis.
Perdas gestacionais tardias: causas, riscos e o que toda mulher deve saber
De acordo com o Dr. Elias Júnior, presidente da Comissão de Assistência ao Abortamento, perdas no terceiro trimestre são raras, mas possíveis — e geralmente envolvem uma combinação de fatores maternos, fetais e placentários. Entre as causas mais frequentes estão trombofilia (uma condição que afeta a coagulação do sangue), diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, anomalias genéticas e infecções silenciosas.
A trombofilia, em especial, chama atenção. Muitas mulheres só descobrem que convivem com a condição após perdas repetidas ou avançadas. Por isso, exames detalhados da placenta e do bebê são cruciais após um óbito gestacional, permitindo um diagnóstico mais preciso e, quem sabe, a prevenção de futuras tragédias.
Movimentos fetais salvam vidas: o protocolo que pode fazer a diferença
A obstetra Larissa Cassiano, especialista em gestação de alto risco, ressalta a importância de monitorar os movimentos do bebê a partir da 29ª semana. O protocolo mais utilizado recomenda sentir pelo menos 10 movimentos em um intervalo de duas horas. Qualquer alteração brusca nesse padrão deve ser encarada com seriedade.
No caso de Tati, sua percepção foi fundamental — mesmo que, tragicamente, não tenha sido possível evitar a perda. Após o diagnóstico, ela passou por um trabalho de parto induzido e agora se recupera ao lado do marido, Bruno Monteiro, cercada pelo apoio de familiares e amigos.
O luto perinatal precisa ser falado: empatia como caminho de cura
Casos como o de Tati e de outras figuras públicas, como Sabrina Sato, que compartilhou perdas gestacionais em 2024, revelam a urgência de romper o tabu do luto perinatal. Falar sobre essa dor é um ato de coragem, empatia e acolhimento. Para muitas mulheres, ouvir que não estão sozinhas pode ser o primeiro passo rumo à cura emocional.
A principal lição? Ouça seu corpo. Fale com sua equipe médica. E nunca subestime o poder de compartilhar — mesmo a dor — como forma de transformar e proteger vidas.