Caso Vitória: suposto assassino pode ser solto por risco de morte na prisão

Novos detalhes sobre o assassinato brutal de Vitória Regina, a jovem de 17 anos que desapareceu no dia 26 de fevereiro e foi encontrada morta dias depois em Cajamar, na Grande São Paulo, continuam vindo à tona. Desta vez, a polêmica gira em torno do principal suspeito, Maicol Sales. A defesa dele está preparando um pedido de soltura, alegando que ele não tem antecedentes criminais e que, além de colaborar com as investigações, tem endereço fixo e emprego estável.
Os advogados afirmam que, devido à grande repercussão do caso, Maicol estaria correndo risco de vida dentro do presídio, podendo ser alvo de outros detentos. Essa argumentação, no entanto, gerou revolta entre familiares e amigos da vítima, que pedem justiça e acreditam que ele não deveria responder ao processo em liberdade.
Outros suspeitos ainda não foram presos
O caso segue sob investigação, mas até o momento, Maicol é o único que permanece detido. A Justiça de São Paulo negou a prisão de outros dois suspeitos, entre eles Gustavo Vinicius, ex-ficante da vítima. Ele recentemente mostrou o rosto publicamente e negou qualquer envolvimento no crime.
A decisão de manter Gustavo e outro suspeito soltos também gerou indignação nas redes sociais. Muitos internautas questionam a atuação da Justiça, enquanto outros ressaltam a importância de provas concretas antes de qualquer condenação. O fato é que o crime ainda tem muitas lacunas a serem esclarecidas, e a pressão popular por respostas cresce a cada dia.
A versão de Maicol
Em entrevista ao Balanço Geral, da Record, Maicol Sales voltou a afirmar que é inocente e disse que vem sofrendo diversas ameaças, inclusive contra seu filho pequeno. “Eu não fiz parte desse crime, entendeu? Eu sou um pai de família e estou recebendo muitas, muitas ameaças, principalmente no Instagram. Meu filho de três anos está no meio disso também. Quero deixar claro que não tenho nada a ver com isso”, declarou.
Ele também relatou ter medo de ser morto em meio à repercussão do caso. “O que fizeram com ela podem fazer comigo também”, afirmou.
As declarações dele não convenceram parte da opinião pública, que segue cobrando esclarecimentos. Enquanto isso, a defesa trabalha para conseguir sua soltura, o que poderia mudar os rumos da investigação.
Laudo revela detalhes chocantes
O laudo pericial sobre a causa da morte de Vitória foi divulgado recentemente e trouxe detalhes perturbadores. De acordo com o documento, o corpo da jovem foi encontrado no dia 5 de março, mas ela já estava morta há cinco dias. Isso indica que ela pode ter passado cerca de dois dias em um cativeiro, onde foi submetida a abusos e torturas antes de ser assassinada.
A perícia confirmou que Vitória foi estrangulada e, em seguida, sofreu golpes de faca no pescoço e no peito. A brutalidade do crime chocou até os investigadores mais experientes, reforçando a necessidade de uma resposta rápida da Justiça.
Últimos momentos de Vitória
O desaparecimento de Vitória começou quando ela saiu do shopping onde trabalhava. Em mensagens enviadas a uma amiga, a jovem disse estar assustada com a presença de dois rapazes suspeitos no ponto de ônibus.
As câmeras de segurança da prefeitura registraram esses indivíduos próximos a ela naquele momento. Segundo testemunhas, Vitória desapareceu ao chegar perto de casa. Ela teria sido seguida por dois homens em um carro e, pouco depois, enviou mensagens de áudio chorando para uma amiga. Na conversa, relatou ter sido seguida, assediada e levada até uma favela. Essa foi a última vez que alguém teve contato com ela.
O caso continua sendo investigado, e a pressão por justiça aumenta a cada nova informação revelada. Enquanto isso, familiares, amigos e ativistas cobram das autoridades punição rigorosa para os responsáveis pelo crime que interrompeu a vida de uma jovem com um futuro promissor pela frente.