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Moraes bate o martelo e diz a Bolsonaro que de segunda não passa a s… Ver mais

STF endurece o cerco contra Bolsonaro: julgamento se aproxima com força total

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro das atenções, não por um discurso inflamado ou ato público, mas pelo avanço firme da Justiça sobre seu nome. Nesta sexta-feira (17), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, pela segunda vez, um pedido da defesa de Bolsonaro para adiar as audiências que darão início à fase de instrução do processo que o investiga por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. A decisão marca um novo capítulo na trajetória jurídica do ex-mandatário e sinaliza que a paciência do STF com manobras protelatórias está chegando ao fim.

Audiências começam nesta segunda: foco no “núcleo duro” do suposto plano golpista

As oitivas estão marcadas para começar nesta segunda-feira (19), e atingem diretamente o chamado “núcleo 1” do processo — formado por militares da reserva, assessores e aliados políticos próximos a Bolsonaro. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), esse grupo teria articulado estratégias para desacreditar o sistema eleitoral e inviabilizar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa de Bolsonaro tentou adiar as audiências, alegando que a Polícia Federal liberou, recentemente, cerca de 40 terabytes de provas digitais, tornando impossível a análise completa do material em tempo hábil. No entanto, Moraes foi taxativo: esse novo volume de dados não altera os fundamentos centrais da denúncia. O cronograma das audiências está mantido.

Defesa alega cerceamento; Moraes vê tentativa de obstrução

A estratégia da defesa é clara: ganhar tempo. Os advogados afirmam que sem acesso integral ao material recém-divulgado, a ampla defesa estaria comprometida. Mas essa não é a primeira tentativa de adiamento. No dia 13 de maio, uma petição com argumento semelhante já havia sido rejeitada.

Nos bastidores do Judiciário, cresce a leitura de que essas sucessivas investidas da defesa têm mais relação com táticas de obstrução do que com direito legítimo à preparação. Para Moraes, o andamento do processo deve obedecer ao calendário da Justiça — e não ao das conveniências políticas.

Julgamento histórico: o que está em jogo é mais do que a elegibilidade de Bolsonaro

A ação penal que pesa contra Jair Bolsonaro pode entrar para a história como uma das mais impactantes da democracia brasileira. Em jogo, não está apenas a elegibilidade do ex-presidente para 2026, mas a definição dos limites institucionais para líderes políticos que desafiem o resultado das urnas.

A movimentação no STF mostra que Alexandre de Moraes está comprometido com um julgamento célere e rigoroso. A responsabilização de figuras de alto escalão por ações antidemocráticas pode inaugurar um novo padrão de resposta institucional a ameaças à ordem democrática.

Conclusão magnética:
Com o sinal verde dado por Moraes, o tempo da Justiça passou a correr contra Jair Bolsonaro. As oitivas são apenas o começo de um processo que pode redesenhar o cenário político do país, afetar alianças, mudar planos eleitorais e definir os rumos da democracia brasileira para os próximos anos. A contagem regressiva começou — e o Brasil assiste, atento, ao julgamento que pode marcar uma era.

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