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Saiba o que houve com Adélio Bispo autor do atentando contra Bolsonaro, após prisão ele acabou sendo… Veja mais

O Atentado que Mudou os Rumos do Brasil: A Facada em Bolsonaro

No dia 6 de setembro de 2018, o Brasil parou. Em pleno ato de campanha em Juiz de Fora (MG), o então candidato à presidência Jair Bolsonaro foi brutalmente esfaqueado no abdômen. Em questão de segundos, o que era um comício se transformou em um cenário de desespero, medo e incredulidade. O autor do ataque? Adélio Bispo de Oliveira — um homem que, segundo ele próprio, agiu “a mando de Deus”.

A cena foi registrada por inúmeras câmeras e dominou as manchetes ao redor do mundo. Mais do que um atentado físico, o episódio tornou-se um divisor de águas na política brasileira, moldando o resultado eleitoral e marcando para sempre a história recente do país.

Quem é Adélio Bispo — E Por Que Ele Atacou Bolsonaro?

Natural de Montes Claros (MG), Adélio tinha 40 anos na época e um histórico de militância social e filiação ao PSOL. Após o ataque, foi preso em flagrante e confessou o crime, dizendo que “eliminava um mal”. Em 2019, a Justiça Federal o considerou inimputável, diagnosticando transtornos mentais severos que o tornavam incapaz de entender o caráter criminoso do ato.

Desde então, ele está internado em um hospital de custódia federal em Campo Grande (MS), sob vigilância e isolamento. Em 2024, cogitou-se sua transferência para Minas Gerais, mas a superlotação e a falta de estrutura impediram o processo. A sua permanência em unidades federais levanta discussões sobre o custo, a eficácia do tratamento e os limites da responsabilidade penal para pessoas com distúrbios mentais graves.

Bolsonaro Nunca Acreditou na Versão Oficial — E As Teorias Persistem

Mesmo com quatro inquéritos concluídos pela Polícia Federal, todos apontando que Adélio agiu sozinho, Jair Bolsonaro nunca aceitou essa narrativa. “Foi uma tentativa clara de me tirar da eleição. Ele não estava só”, declarou diversas vezes.

A ausência de provas não impediu o crescimento de teorias da conspiração que circulam até hoje — impulsionadas por redes sociais, figuras públicas e veículos de mídia alternativos. A hipótese de que haveria mandantes ou financiamento externo ao crime nunca foi comprovada, mas a dúvida plantada continua a alimentar debates acalorados e suspeitas populares.

E Agora? O Caso Ainda Está em Aberto — E Sem Previsão de Encerramento

Embora tenha sido considerado inimputável, Adélio ainda não teve um julgamento definitivo. O Ministério Público recorreu da decisão que o absolveu penalmente, e o processo aguarda análise no STJ. Enquanto isso, ele segue internado, sem previsão de alta ou realocação.

A complexidade jurídica do caso escancara os desafios do sistema judicial brasileiro: como garantir justiça quando o autor de um crime é mentalmente incapaz? Como equilibrar segurança pública e direitos humanos? E, acima de tudo, como oferecer uma resposta satisfatória para uma sociedade dividida, que ainda busca entender o que realmente aconteceu naquele 6 de setembro?

O Legado Político e Psicológico do Atentado

O impacto do atentado transcende os tribunais. Ele redefiniu o tom da eleição de 2018, transformando Bolsonaro de candidato polêmico em símbolo de resistência. O episódio virou um pilar de sua narrativa política, sendo usado para reforçar seu discurso contra o sistema, a imprensa e os “inimigos invisíveis”.

Mesmo após deixar o cargo em 2022, Bolsonaro ainda enfrenta sequelas físicas — e utiliza o episódio como marca de sua trajetória. Por outro lado, o caso Adélio se transformou em um labirinto jurídico e psiquiátrico, expondo falhas estruturais na forma como o Brasil lida com a interseção entre saúde mental e justiça criminal.

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