Trump Não Está Para Brincadeiras: Olha só o Que Ele Disse para Lula você é um… Ver mais
Suprema Corte evita embate direto com ex-presidente dos EUA, enquanto clima de tensão cresce entre Brasil e setores da direita internacional.

STF SE CALA, MAS MONITORA MOVIMENTOS APÓS FALAS DE TRUMP
As declarações recentes de Donald Trump, em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, movimentaram os bastidores da política brasileira e internacional. Ao afirmar que Bolsonaro estaria sendo “perseguido” pelas instituições do Brasil, o ex-mandatário norte-americano lançou luz sobre um tema sensível e reacendeu tensões entre os poderes.
No entanto, diferente de outras ocasiões, o Supremo Tribunal Federal optou por não responder diretamente às acusações. Nos bastidores, ministros avaliam que o embate com uma figura internacional como Trump poderia ampliar ainda mais a polarização — e transformar o STF no centro de uma disputa geopolítica.
Fontes próximas à Corte revelam que o silêncio foi uma escolha estratégica. A avaliação predominante é que cabe ao governo federal, especialmente ao Itamaraty e à Presidência da República, a defesa da soberania nacional e das instituições brasileiras em casos como esse.
LULA RESPONDE COM FIRMEZA: “NÃO ACEITAMOS INTERFERÊNCIA”
Apesar do silêncio do STF, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deixou passar em branco. Em publicação nas redes sociais, Lula enviou um recado claro e direto: “O Brasil é um país soberano e não aceita interferências externas.” Sem mencionar Trump, o tom foi lido como uma resposta diplomática firme, típica de quem entende o peso de suas palavras no cenário internacional.
A crise se desenha num contexto mais amplo. A taxação de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada por Trump, e as críticas ao STF por parte de políticos americanos como o senador Marco Rubio, acenderam o sinal de alerta no Planalto e no Judiciário.
Rubio, inclusive, foi mais incisivo: anunciou que os EUA poderiam restringir a entrada de “censores estrangeiros”, em referência indireta, mas evidente, ao ministro Alexandre de Moraes, que conduz os principais inquéritos contra a desinformação no Brasil.
MINISTROS EVITAM “GUERRA DE NARRATIVAS” COM A DIREITA GLOBAL
A decisão do STF de não rebater publicamente Trump ou Rubio não significa passividade. Pelo contrário: fontes indicam que os ministros têm monitorado de perto a movimentação de figuras da direita internacional e seus reflexos no cenário político interno.
A ordem, por ora, é não alimentar uma “guerra de narrativas” com líderes populistas estrangeiros, o que poderia colocar o Judiciário brasileiro no centro de uma disputa ideológica internacional. Ao preservar sua imagem institucional, o STF busca manter-se como um pilar técnico e constitucional — e não como um ator político.
No entanto, o contexto é desafiador. A recente abertura de inquérito contra Eduardo Bolsonaro e sua ida aos Estados Unidos, somada às falas de Trump, ampliam a tensão e colocam o Judiciário sob os holofotes de uma parte da opinião pública, especialmente nas redes sociais.
SILÊNCIO OU BLINDAGEM? CORTE ESCOLHE AGIR SEM EXPOSIÇÃO
Entre os apoiadores de Bolsonaro, o discurso da “perseguição política” ganha força. Já entre defensores do Judiciário, a leitura é de que a Justiça está sendo aplicada de forma imparcial. E no centro desse embate, os ministros do STF caminham sob pressão — e sob constante vigilância.
Nos bastidores, há uma percepção clara: falar menos e agir mais pode ser a melhor maneira de proteger a integridade da Corte. O temor é que o embate direto com Trump ou outros líderes estrangeiros gere efeitos colaterais, tanto na política quanto na diplomacia.
Resta saber até quando esse silêncio será sustentável. Em tempos de polarização global, até o silêncio pode ser interpretado como um posicionamento. E o Supremo sabe disso.