Os piolhos são pequenos e medem, no máximo, 3mm (milímetros), aproximadamente do tamanho de um grão de gergelim. Mas apesar de minúsculos, provocam uma coceira terrível no couro cabeludo.
Ali, alimentam-se do sangue da criança e se reproduzem rapidamente, podendo provocar até anemia nos pequenos. “Ao picar o couro cabeludo, o piolho injeta saliva, cujos componentes podem causar uma reação de hipersensibilidade. Isso leva a uma coceira intensa e pode provocar infecções bacterianas secundárias, como impetigo e o aumento de gânglios”, explica a pediatra Brunna Santana do Grupo Prontobaby.
Ainda de acordo com a especialista, “em casos graves, quando há uma grande infestação ou quando o combate não é adequado, acaba havendo novas infestações que podem levar à anemia”, afirma Brunna. Mais frequentes no verão, os piolhos se alimentam cerca de quatro vezes ao dia e as picadas provocam coceira, marcas e até feridas devido ao ato de coçar. Por isso, fazer o tratamento errado é muito arriscado.
Diferentemente do que muitas pessoas imaginam, a contaminação não acontece apenas por meio do contato com o cabelo infectado. Os piolhos em crianças podem ser transmitidos ao compartilhar objetos como escovas, bonés, chapéus, lenços, capacetes e mesmo travesseiros. Por isso, é preciso sempre prestar atenção ao couro cabeludo das crianças e checar com frequência se há lêndeas ou piolhos.
Esqueça as receitas caseiras com maionese, vaselina ou margarina. “Além de sua eficácia não ter comprovação científica, eles podem causar irritação local e dermatite de contato”, alerta Brunna. O recomendado é fazer a aplicação de medicamentos inseticidas, conforme instruções de modo de uso e quantidade especificadas nas embalagens.
No entanto, é indispensável o uso de um pente fino para a eliminação das lêndeas (ovos dos piolhos). Se isso não for feito, é possível que haja uma reinfecção. Uma dica é posicionar a criança sentada, com um pano branco nos ombros e passar o pente fino cuidadosamente no cabelo, da base até o final do fio. Assim, é possível visualizar os piolhos que foram retirados.
Além disso, é importante limpar todos os itens de uso pessoal com que a criança entrou em contato nas 24 a 48 horas anteriores ao tratamento. Dessa maneira, os pais garantem que os piolhos não continuarão a se reproduzir no couro cabeludo.
Após sete dias da primeira aplicação do medicamento, é importante verificar se ainda restam sinais de infestação no couro cabeludo. Se sim, uma segunda aplicação pode ser feita. Porém, se os piolhos permanecerem ali por mais uma semana, o mais indicado é procurar aconselhamento médico sobre quais medidas podem ser anotadas para acabar de vez com o problema.