No fatídico episódio que assombrou a comunidade de Maravilha, no Sertão de Alagoas, a brutalidade atingiu seu ápice quando Josimare Gomes da Silva, de 30 anos, protagonizou um ato hediondo ao tirar a vida de sua própria filha de 5 anos. O crime, ocorrido no ano passado, voltou a ecoar nas redes sociais numa sexta-feira (27/01/2023), despertando repulsa e perplexidade diante da crueldade perpetrada.
O cenário dantesco desenrolou-se no ambiente supostamente seguro do lar, onde Josimare, lutando contra os grilhões da depressão, encontrou uma saída chocante para seus tormentos emocionais após o término conturbado de seu relacionamento com o pai da criança, que residia no Rio de Janeiro. O desfecho desse drama humano, marcado pela fragilidade psicológica da agressora, suscita questionamentos sobre a capacidade do sistema de saúde e da rede de apoio em lidar com transtornos mentais.
A Polícia Militar agiu de maneira diligente ao prender a mulher em flagrante, embora as cenas do crime tenham sido tão horrendas que até mesmo um veterano agente policial, com duas décadas de serviço entre as polícias Militar de Pernambuco e Civil de Alagoas, não pôde evitar ser tomado pelo estado de choque.
As imagens capturam um grau de selvageria perturbador, revelando que, após assassinar a pequena Brenda Carollyne Pereira da Silva, Josimare não se conteve, utilizando uma tesoura para arrancar os olhos e parte da língua da própria filha. Em uma reviravolta macabra, a mãe ainda mastigou e tentou engolir os órgãos da criança, transformando o crime em um ato de barbárie inimaginável.
Eduardo, um agente da Polícia Civil profundamente abalado pela experiência, descreveu a descoberta do crime pela figura do avô da vítima, também pai de Josimare. Ao notar que mãe e filha estavam trancadas, o idoso confrontou a filha, que, inicialmente, alegou estar tomando banho.
Entretanto, diante da demora suspeita, o avô investigativo observou marcas de sangue. Arrombou a porta e se deparou com a cena horrenda de Brenda sem vida no banheiro, enquanto Josimare rezava sobre o corpo.
O relato subsequente da polícia revela que a família tinha conhecimento da luta de Josimare contra a depressão, sendo acompanhada por profissionais de saúde. Surpreendentemente, a mãe nunca havia demonstrado propensão à violência, e os sinais indicavam que a terapia e os medicamentos prescritos estavam surtindo efeitos positivos. Contudo, a insondável tragédia que se desdobrou deixou a todos atônitos e levanta sérias indagações sobre o acompanhamento e tratamento de pacientes com problemas mentais.
Josimare Gomes da Silva agora enfrenta a justiça, detida na 1ª Delegacia Regional de Polícia (1ª-DRP). Onde prestará depoimento e permanecerá à disposição do Poder Judiciário. O episódio nefasto, que chocou a sociedade e deixou cicatrizes profundas. Ecoa como um alerta para a necessidade de uma abordagem mais eficiente na prevenção e tratamento das questões relacionadas à saúde mental.
